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Michel Temer é denunciado acusado de organização criminosa e obstrução de Justiça
Foto: G1

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (14) uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), desta vez pelos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa. O STF somente poderá analisar a denúncia contra Temer se a Câmara autorizar. Em agosto, a Câmara rejeitou a primeira denúncia de Janot contra Temer, por corrupção passiva. Outras oito pessoas são alvos da mesma denúncia – dois ministros, dois ex-ministros, dois ex-deputados, um empresário e um executivo. De acordo com o procurador, os políticos denunciados (todos do PMDB) arrecadaram mais de R$ 587 milhões em propina. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Desta vez, pelos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa. Novamente, ela precisará da autorização da Câmara dos Deputados para ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na primeira denúncia, por corrupção passiva, os parlamentares votaram pelo arquivamento do caso. Janot denunciou outras sete pessoas: o ex-ministro Geddel Vieira Lima, os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, os empresários Joesley Batista e Ricardo Saud, e os ex-deputados Eduardo Cunha, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Eduardo Alves. De acordo com o G1, quanto ao crime de organização criminosa, Janot aponta que Temer, Geddel, Cunha, Henrique Alves, Rocha Loures, Padilha e Moreira Franco receberam propina, que, somada, chega a R$ 587,1 milhões. O pagamento dos valores teria feito parte de crimes contra empresas e órgãos públicos, como a Petrobras e a Caixa Econômica Federal. Nas ações relacionadas ao crime de obstrução de Justiça, Janot aponta o compromisso feito entre o doleiro Lúcio Funaro e Joesley para não fechar acordo de delação premiada. Ambos se tornaram delatores. O procurador aponta ainda que Temer estimulou o empresário a fazer pagamentos para Eduardo Cunha para que ele não fizesse delação premiada.

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