Funcionários das 500 unidades da Farmácia Popular em todo o Brasil estão mobilizados em uma campanha contra a proposta do governo federal de encerrar o programa. O Brumado Notícias apurou que, após o anúncio do Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) parou de enviar medicamentos às farmácias. Os remédios ofertados pelo programa são em parte de graça ou com preços bem reduzidos em comparação aos comercializados nas farmácias convencionais. O site Brumado Notícias averiguou que a unidade no município já está sendo afetada, pois há dois meses não é abastecida, deixando os clientes, principalmente os que convivem com hipertensão, diabetes, asma, colesterol alto, problemas gástricos e arritmia, sem os medicamentos. Na unidade, o estoque desses medicamentos está zerado, dentre os quais o Losartana - 3 mil cartelas do remédio eram distribuídas por mês, mas, nos últimos 60 dias, ele não foi disponibilizado.
Nossa reportagem apurou ainda que, dos 125 itens que são oferecidos pela rede popular, a unidade brumadense conta apenas com 28 medicamentos. O Ministério da Saúde justifica que o encerramento do programa irá gerar uma economia de R$ 100 milhões aos cofres públicos federais. Por outro lado, para funcionários que perderão seus empregos e para os clientes que não terão acesso aos medicamentos com valores mais acessíveis, a proposta, na verdade, visa promover uma terceirização camuflada por meio das farmácias particulares. Estas, por sua vez, embora sejam convencionadas ao programa, só ofertam 25 itens ao público. Vários panfletos de protesto contra o encerramento da Farmácia Popular foram colados no interior da unidade, bem como em várias Unidades Básicas de Saúde do município e até na sede da Vigilância Epidemiológica (Vigep) no intuito de reforçar as campanhas que se estendem nas redes sociais através do fecebook.com/contrafechamentodafarmaciapopular .