Quem é portador de alguma deficiência física encontra uma série de barreiras para conseguir a habilitação ou renovação da mesma na 18ª Ciretran em Brumado devido à falta de um examinador especializado no município. A reclamação chegou ao site Brumado Notícias através do ambulante Libenes Santos Silva, o Libinha, que é deficiente físico. Segundo ele, o órgão alega que a falta de um profissional especializado se deve à burocracia. Libinha acabou ficando três anos com a habilitação vencida por conta do problema. Ele lamentou o fato de apenas a Ciretran de Vitória da Conquista contar com um único examinador especializado para atendimento de toda a região sudoeste; os exames para avaliação de coordenação motora só acontecem duas vezes ao ano, para piorar, aos sábados e domingos, o que dificulta o transporte e deslocamento, fazendo os custos da renovação da habilitação ficarem ainda mais dispendiosos.
“Essa política de acessibilidade ainda tem muito campo a percorrer, pois se preocupam demais com as rampas nas calçadas, parecendo que é a única necessidade nossa e se esquecem dessa acessibilidade nas repartições. Na maioria delas falta indicações em braile e intérprete de linguagem de sinais. Além disso, para nossa humilhação, há apenas um examinador para apertar nossa mão e pedir para sacudirmos o pé pra saber se temos condições de dirigir ou pilotar”, disse o condutor. Nossa reportagem tentou contato com a coordenação da 18ª Ciretran para tratar do assunto, mas não obteve êxito.