Apenas 19 agentes de endemias estão trabalhando para atender a demanda da cidade, quando o município necessita de uma cota mínima de 60 agentes para cobrir as campanhas de combate ao aedes-aegypti, ao calazar e outras enfermidades que atingem a comunidade. Diante da carência de pessoal, o centro da cidade e comunidade rurais acabam sendo sacrificadas e ficando de fora do zoneamento realizado principalmente no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para piorar, há um ano que os agentes não recebem novos fardamentos e sapatos, alguns, inclusive, estão usando roupas e calçados do vestuário pessoal. O site Brumado Notícias registrou casos em que a mochila rasgada se torna um item pequeno diante de calças furadas nas partes íntimas.
A situação é um desafio extra para a nova administração, levando em consideração que nos últimos dias, por conta das chuvas que caíram na cidade, foi registrado um aumento significativo do surgimento de larvas do aedes-aegypti, especialmente em áreas sem cobertura. Com as condições, os agentes disseram temer a proliferação do mosquito e que a cidade seja acometida por uma tríplice epidemia, o que arrastará boa parte da população aos leitos de hospital. Eles fizeram um apelo ao futuro gestor para que se dê mais assistência à categoria no que diz respeito a melhores condições de trabalho. “Já que o tema do prefeito é educar para a saúde, esperamos que venha no mínimo o nosso material de trabalho para que possamos ir a campo com um pouco de dignidade prestar nossos serviços de informantes, esclarecedores da comunidade, agentes de combate ao mosquito. Afinal, educação também se promove com boas condições de trabalho”, afirmaram os agentes.