Em sessão extraordinária realizada na manhã desta terça-feira (17), a Câmara de Vereadores de Brumado aprovou a proposta do executivo municipal para reajustar o salário dos professores em 8,68%. Durante as discussões, os parlamentares da bancada de oposição defenderam a decisão da categoria, que em assembleia disse não aceitar a proposta. Por outro lado, os vereadores da bancada de situação afirmaram que um reajuste maior iria ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O vereador Weliton Lopes (PR) sugeriu a criação de um projeto que estabeleça que os professores não recebam abaixo do piso nacional. A proposta foi aprovada por unanimidade. Mesmo assim, os professores que acompanharam a sessão ficaram insatisfeitos e pediram o uso da palavra na tribuna livre. A solicitação gerou um pequeno conflito, tendo em vista que a bancada de situação liberaria a tribuna livre para Conceição Machado, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brumado (Sindsemb). Diante do impasse, os professores se indignaram e abandonaram a plenária sem nem mesmo acompanhar a votação da proposta do executivo. A bancada de oposição rejeitou o projeto enquanto a bancada de situação, com o voto de minerva do presidente Alessandro Lôbo (PSL), aprovou a proposta enviada pelo prefeito Aguiberto Lima Dias (PSL). Assim, o projeto de reajuste foi aprovado por sete votos contra seis.
Em entrevista ao site Brumado Notícias, os vereadores falaram sobre os posicionamentos das bancadas. “Mantivemos a coerência e seguimos a orientação da assembleia que é fórum soberano de deliberação da categoria. A assembleia rejeitou por três vezes consecutivas a proposta do executivo e nós apenas seguimos essa orientação”, explicou o vereador Édio Pereira (PCdoB). Já o republicano Weliton Lopes falou um pouco mais sobre o projeto de emenda por ele apresentado. “O recurso é do FUNDEB e nós consideramos que a aprovação dessa emenda foi um grande avanço e uma conquista para os professores, tendo em vista que ele garantirá que nenhum professor receba abaixo do piso nacional. O município não pode atender as reivindicações da categoria que pediu um reajuste de 24%, o que feriria a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os 8,68% oferecidos pelo administrativo municipal é até maior do que o que está sendo dado pelo governo estadual. A mesa de negociações continua permanente e se entendermos que há como melhorar esse reajuste e até chegar aos 24% iremos lutar por isso”, concluiu o parlamentar.