A sessão da câmara de vereadores da última segunda-feira (5) foi a mais tumultuada dessa legislatura em Brumado. A pauta tinha como foco principal a votação do veto do prefeito Aguiberto Lima Dias (PDT) ao Projeto de Lei 009/2016, que dispõe sobre a atualização das Tabelas de Vencimentos dos Profissionais do Magistério. No projeto, o prefeito havia autorizado o reajuste de 7% para a categoria, porém, semanas após a aprovação na câmara, o gestor recuou da decisão com base no limite de folha estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Após várias sessões obstruídas por conta das negociações entre o administrativo, sindicato e professores, o veto foi votado e derrubado na sessão de ontem. Houve muito desentendimento entre a presidência e a bancada aliada do prefeito. Diante das discussões, todos os parlamentares disseram que votariam contra o veto.
Apesar disso, a votação secreta surpreendeu os presentes, pois, dos treze parlamentares que participaram da votação, dois votaram favoravelmente ao veto, o que chamou a atenção dos vereadores José Carlos dos Reis (PSB) e Castilho Viana (PSB). Ambos pediram nova apuração dos votos e os mesmos foram designados para fiscalização das cédulas. Depois da apuração, os parlamentares declararam ao público que havia marcado suas cédulas para comprovarem que eles votaram pela derrubada do veto. A situação gerou novo embate e levou o presidente da casa, Alessandro Lôbo (PRB), a invalidar a votação por conta do voto marcado. Com a nova votação, todos os parlamentares votaram contra o veto - um voto foi anulado por estar com a cédula marcada. O presidente do legislativo encerrou a sessão. Prevendo o encaminhamento do projeto de lei que viabiliza a implantação do plano de carreira dos professores, ele convocou uma sessão extra para a manhã da próxima quinta-feira (8). A sessão só será realizada se o executivo encaminhar o projeto de lei para votação.