A primeira tentativa de aliança política entre o ex-vice-governador da Bahia e ex-prefeito de Brumado, Edmundo Pereira, e o auditor fiscal Luís Carlos Moura Mattos foi frustrada no meio do caminho por conta de uma disputa interna no Partido dos Trabalhadores (PT). Na ocasião, Moura disse que se arrependeu por ter acreditado nas palavras do casal Pereira [Edmundo e Marizete], que havia acabado de chegar na agremiação. A princípio, o então presidente do PT, o saudoso Washington Franco, o popular Miau, havia anunciado o nome de Moura como pré-candidato da sigla, o que levaria o casal a apoiá-lo. No entanto, o então presidente estadual do PT, Jonas Paulo, que tinha preferência pelos Pereira, instigou para que o diretório municipal apresentasse a proposta que foi levada às prévias internas. 

O casal conseguiu arrastar vários correligionários do PMDB e ainda teve como cabo eleitoral o Padre José Silva, que muito colaborou para as decisões dos militantes de aprovar o nome da ex-deputada Marizete Pereira como cabeça de chapa. A reviravolta e aprovação de Marizete afetaram a relação entre Carlinhos Moura, o casal e o diretório petista. Desta forma, o auditor fiscal abandonou a sigla e se manteve fora do processo eleitoral por ter se sentido traído dentro da agremiação e apunhalado por Edmundo e Marizete. O tempo parece ter cicatrizado as feridas e, quatro anos após o primeiro episódio, Carlinhos Moura, Edmundo e Marizete vão marchar juntos na mesma campanha. Desta vez, com o casal cumprindo o papel de serem soldados e principais cabos eleitorais em apoio da chapa de Alessandro Lôbo (PRB), que contará com o auditor como vice.