Procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato entraram com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o jornal O Globo, eles pedem a suspensão dos direitos políticos do parlamentar por 10 anos e o pagamento de uma multa de mais de R$ 100 milhões. “As investigações deixaram claro que o deputado Eduardo Cunha se valeu de seu mandato eletivo para sustentar o esquema de corrupção e obter vantagens ilícitas, desvirtuando a finalidade da função parlamentar para atender interesses espúrios particulares, comprometendo a imagem da Câmara dos Deputados, além de ter promovido expediente de lavagem de dinheiro no exterior, omitido a existência desse patrimônio e apresentando evolução patrimonial não justificada”, diz o documento entregue pelo Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba à Justiça Federal de Curitiba. Os procuradores afirmam que Cunha recebeu propina no valor de US$ 10 milhões na compra pela Petrobras de 50% dos direitos de exploração petrolífera sobre o bloco 4 localizado em Benin. Ainda de acordo com o jornal O Globo, ações por atos de improbidade administrativa tramitam em primeira instância. Dessa forma, o presidente afastado da Câmara pode ser processado no Paraná mesmo com foro privilegiado.