Na madrugada do último (12), policiais civis lotados na 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) conseguiram frustrar uma fuga em massa da cadeia de Brumado. No momento da tentativa de fuga, havia apenas um delegado, um escrivão e um investigador de plantão na delegacia, realizando a custódia dos 33 detentos.
Os policiais desconfiaram de uma movimentação na cadeia e, ao subirem no teto da custódia, viram que os presos já haviam quebrado os cadeados das celas e, com um macaco hidráulico, conseguiram alargar algumas vigas de concreto na área do banho de sol, por onde pretendiam fugir. Assim que os custodiados perceberam que haviam sido descobertos, iniciaram um motim.
Em uma ocorrência registrada, os plantonistas relataram que buscaram apoio da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), mas o Major Jocevã Oliveira teria negado apoio, alegando pouco efetivo e material bélico e que o máximo a ser feito pela companhia seria enviar uma viatura com as sirenes ligadas para inibir os detentos, o que não foi feito. Já no período da manhã, a 20ª Coorpin solicitou apoio da Cipe/Sudoeste e duas guarnições foram enviadas para conter os detentos.
Na ação conjunta entre a polícia civil e a Cipe/Sudoeste, foi realizada uma vistoria nas celas e foram encontrados vários celulares com carregadores, um macaco hidráulico, uma serra, muletas serradas, uma tereza de 5 metros (corda feita com lençóis amarrados) e muitos chuços (armas artesanais feitas pelos presos). O ocorrido acabou expondo mais uma vez a fragilidade na segurança da custódia e agravou ainda mais o desentendimento entre os comandantes das duas polícias no município. Ambos não estão conseguindo se alinhar na prestação dos serviços para promoção da segurança pública local, colocando em risco a segurança física e a vida dos plantonistas na delegacia brumadense.