Em época de recessão na economia, os setores da indústria e do comércio acabam sofrendo os maiores impactos. Em Brumado, a exemplo do resto do país, a atual crise tem atingido principalmente o comércio de calçados e confecções em geral. Dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) apontam uma redução entre 30% e 40% nas vendas só neste primeiro semestre de 2016, sem contar o acumulado do ano passado. A situação reflete em muitas demissões. Ainda segundo informações do órgão, o comércio de materiais de construção sofreu um impacto de 10%, mas, mesmo assim, se mantém na linha de frente dos segmentos que colaboram com o aquecimento da economia local. O site Brumado Notícias ouviu alguns empresários do ramo e eles atestaram os números, descrevendo que o impacto maior foi sentido após a paralisação das obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol). Apesar disso, com o andamento de algumas obras públicas, como reformas de prédios escolares, o comércio tem conseguido respirar nesses tempos críticos.
Mesmo em época desfavorável, as construções que mais surgem na cidade são prédios.Há um grande investimento, tanto em prédios residenciais quanto comerciais, emergindo no município, o que aponta outra característica do mapeamento da economia local: construir prédios está se tornando mais viável do que adquirir terrenos, uma vez que o imóvel supervalorizou no município nos últimos anos. Para os mais cautelosos, as previsões não são das mais animadoras a curto prazo para quem está investindo em prédios visando locações, pois, com a projeção na política nacional, é esperada uma recessão ainda maior até o final deste ano. “Talvez nossa economia só passe a se reafirmar a partir do segundo semestre de 2018, o que tornaria os segmentos comerciais novamente pujantes, mas até lá poucos têm se arriscado nos altos investimentos”, comentou um comerciante da construção civil.