A proposta do vereador Weliton Lopes (DEM) de criar em Brumado um novo território de identidade para que dessa forma o município reconquiste os órgãos estaduais e sua referência na região foi um dos assuntos debatidos na sessão da câmara de vereadores na última segunda-feira (09). Para o presidente do legislativo, vereador Alessandro Lôbo (PRB), o motivo pela qual o município deixou de ser sede do Território de Identidade do Sertão Produtivo foi uma briga entre o então prefeito Eduardo Vasconcelos (PSB) e o presidente da Câmara de Vereadores na época, Leonardo Vasconcelos (PDT). O desentendimento, segundo Lôbo, ultrapassou as esferas política e administrativa e Eduardo chegou a chamar Léo Vasconcelos de ‘bandido’.
“Em 2009, quando a Bahia debatia as sedes dos territórios de identidade, o prefeito não fez cabelo, nem barba e nem bigode, dizendo que o município só voltaria a funcionar depois que 'o bandido' saísse da presidência da câmara. Bandido a quem ele se referia era o então presidente da câmara, Leonardo Vasconcelos. Durante essa briga, Brumado perdeu de se tornar sede do território de identidade do sertão produtivo. Tudo por conta de um capricho. Todas as vezes que éramos chamados à prefeitura, era pra resolver a questão do ‘bandido’. Por diversas vezes nessas reuniões, o ex-prefeito repetiu que o município só iria andar com a retirada do ‘bandido’ da presidência da Câmara. Enquanto Brumado não tirava o ‘bandido’ da câmara, Caetité assumia o território do sertão do produtivo e absorveu todas as repartições estaduais e nós ficamos a ver o bonde passar”, disparou Alessandro Lôbo. O parlamentar reforçou que mimos pessoais não são maiores que os interesses de um povo. “Na vida política, os caprichos devem ter o seu tempo e proporção pesados para não prejudicar a população”, finalizou.