Em Pernambuco, existem 339 mães de bebês com microcefalia. Os filhos delas nasceram com a malformação do cérebro, mas, para algumas mulheres, ser mãe de uma criança especial foi uma opção. É o caso da dona de casa Kely Romoaldo, que procurava uma criança para adotar há mais de um ano. Ao conhecer Maria Vitória, no fim de abril, sabia que ela seria sua para sempre. “Quando vi Maria Vitória, eu disse: ‘É ela, minha filha. Vou adotar ela. Foi à primeira vista, certeza absoluta. Eu disse: ‘É ela’. Isso é amor de mãe, não tem nem o que explicar”, relembra. De acordo com o G1, a bebê, de 7 meses, conheceu o abandono logo ao nascer: foi deixada na maternidade e passou por dois abrigos. Mas a história da menina começou a mudar quando Kely colocou os olhos nela. O fato de a bebê ter microcefalia não impediu a adoção. “Eu quero mais é dar o suporte para ela como mãe: meu carinho, o meu amor, os cuidados que ela tem que ter. Minha vida está bem colorida agora”, conta Kely. A maratona pelos centros de referência pra estimular o desenvolvimento da Maria Vitória não para. Duas vezes por semana, ela leva a filha para fazer uma série de terapias. Em casa, a família está completa. Kely tem um filho de 14 anos de um relacionamento anterior e o marido dela, Josimar Pereira, tem três filhos adultos e oito netos do primeiro casamento.