A pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Vitória da Conquista, a Justiça Federal determinou liminarmente a indisponibilidade dos bens do prefeito Hélio Ramos Lima (PMDB), do município de Mirante, no sudoeste baiano, e de outras 24 pessoas, somando um total de mais de R$ 14 milhões. A acusação é de desvio de recursos públicos. Os outros réus, incluindo a primeira-dama, servidores públicos municipais, empresas e empresários, também tiveram suas contas bancárias bloqueadas até que a ação seja julgada. Segundo o procurador André Viana, os esquemas envolviam a simulação de licitações, o uso de “laranjas” para propiciar o desvio de verbas federais e a utilização de empresas de “fachada” no ramo de papelaria para desviar os recursos recebidos pelas escolas municipais. Os atos de improbidade foram praticados entre os anos de 2009 e 2015, tendo o prefeito e a primeira-dama, Mônica Alves de Souza Lima, como os mentores da fraude. Diversos documentos que comprovam os esquemas foram apreendidos em outubro de 2015, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Belvedere. As investigações criminais ainda estão em curso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.