De acordo com estimativa do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), para pagar a conta de luz de uma casa que possui uma pequena geladeira, algumas lâmpadas e uns dois ventiladores, um brasileiro que ganha um salário mínimo precisa trabalhar 11,1 horas, ou seja, pouco mais de uma jornada completa de trabalho. Enquanto isso, no Canadá, um trabalhador que recebe o piso salarial precisa de apenas 1,6 horas para arcar com a mesma conta de luz. O levantamento usou como base dados a Agência Internacional de Energia (AIE) e países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na pesquisa, o Brasil surge como o país onde o consumidor que ganha um salário mínimo tem de trabalhar o maior número de horas para pagar suas contas de energia. A carga de impostos do setor elétrico é outro ponto em que o Brasil lidera. Enquanto na Espanha os impostos representam apenas 26% do total da conta, no Brasil, o peso tributário varia de 28%, para quem consome até 300 kWh/mês, até 46%, acima desse volume.