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Em grampo da PF, Dilma orienta Lula a usar termo de posse 'em caso de necessidade'
Foto: Reprodução

O juiz Sérgio Moro retirou nesta quarta-feira (16) o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As conversas gravadas pela Polícia Federal incluem diálogo desta quarta com a presidente Dilma Rousseff (PT), que o nomeou como ministro chefe da Casa Civil. No despacho em que libera as gravações, Moro afirma que, “pelo teor dos diálogos degravados, constata-se que o ex-presidente já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos dos diálogos”. Moro afirma, ainda, que alguns diálogos sugerem que Lula já sabia das buscas feitas pela 24ª fase da Operação Lava Jato no início do mês. “Ô Lula. Eu tô mandando o Messias junto com o papel, pra gente ter ele, só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse”, diz a presidente na breve ligação. Deputados federais de oposição protestam, na Câmara dos Deputados, contra Dilma. Em coro, os parlamentares gritam: “renuncia, renuncia, renuncia”. Bem timidamente, governistas chamam colegas e oposição de “golpistas”.

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