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Segundo estudo, microcefalia ocorre em 1% dos casos de grávidas com zika
Foto: AP Photo/Felipe Dana

Nos casos de infecção pelo vírus da zika no primeiro trimestre da gravidez, o risco da ocorrência de microcefalia é de aproximadamente 1%, segundo um novo estudo publicado na revista médica “The Lancet”. A conclusão resultou da análise de dados do surto de zika que atingiu a Polinésia Francesa entre 2013 e 2014. "Estimamos que o risco de microcefalia foi de 1 a cada 100 mulheres infectadas com o vírus da zika durante o primeiro trimestre da gravidez", disse Simon Cauchemez, pesquisador do Instituto Pasteur de Paris e um dos autores do estudo. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores tomaram como base o número de nascimentos durante o surto, o número de bebês diagnosticados com microcefalia, o número de testes positivos para o vírus da zika e o número de casos suspeitos da infecção. De acordo com os resultados obtidos, o risco de microcefalia associada ao vírus da zika é menor do que o risco de malformações associadas a outras infecções. A infecção da grávida por citomegalovírus, por exemplo, resulta em 13% de risco de malformações no bebê. A síndrome da rubéola congênita afeta de 38% a 100% dos bebês cujas mães foram infectadas pelo vírus durante o primeiro trimestre da gravidez. A diferença é que o vírus da zika tem um potencial muito maior de se propagar durante um surto do que outros vírus capazes de levar a malformações de bebês.

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