A Justiça Federal autorizou nesta quarta-feira (9) que os advogados de Luiz Inácio Lula da Silva tenham acesso a dois processos que envolvem o nome do ex-presidente. O pedido para que a defesa visualize o conteúdo foi feito na terça-feira (8) nos autos da 24ª fase da Operação Lava Jato. Essas duas investigações citadas pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato na primeira instância, dizem respeito ao Instituto Lula e à empresa Lils Palestra, que pertence ao ex-presidente. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula está sendo investigado porque há indícios de que ele recebeu dinheiro desviado da Petrobras por meio da execução de reformas em um apartamento triplex em Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP). Os procuradores ressaltaram ainda que há evidências de que o petista recebeu móveis de luxo nos dois imóveis e teve a armazenagem de bens em uma transportadora bancada pela construtora OAS, uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato. Também são alvo de investigação doações de, aproximadamente, R$ 20 milhões para o Instituto Lula e pagamentos de cerca de R$ 30 milhões empresa de palestras do ex-presidente. Lula teve um mandado de condução coercitiva expedido contra ele.