Um capoteiro acabou arrolado por engano como testemunha no processo derivado da Lava Jato que investiga o pecuarista José Carlos Bumlai. Um vídeo que circula na internet mostra o depoimento dado por Jorge Washington Blanco ao juiz federal Sérgio Moro, por meio de uma vídeo-transferência. O capoteiro, de Belo Horizonte, é advertido pelo magistrado que poderia se manter em silêncio, mas não poderia mentir. A testemunha responde pacientemente todas as perguntas feitas, até que passa a ser questionado pelo procurador do Ministério Público Federal (MPF). “O senhor pode esclarecer a sua atividade profissional durante o ano de 2009?”, pergunta o representante do MPF. “Eu sou capoteiro”, responde Jorge. “O senhor trabalhou durante algum período no Banco Schahin?”, reforça. “Não”. Ao notar o erro, o procurador então devolve a palavra a Moro, que conclui que a testemunha era apenas um homônimo da verdadeira pessoa arrolada. Em nota, o MPF confirmou que o caso realmente se tratava de uma pessoa com o mesmo nome.