A força-tarefa da Operação Lava Jato que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvo central da Operação Aletheia, para depor coercitivamente hoje (4) diz ter “evidências” de que ele recebeu valores desviados da Petrobrás. “Há evidências de que o expresidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento tríplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras”, informou os investigadores ao Estadão. São pelo menos R$ 4,5 milhões em lavagem por meio do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, e por meio do tríplex 164-A. Segundo as investigações, o esquema era coordenado a partir das cúpulas e lideranças dos partidos políticos que compunham a base do governo federal, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). O ex-presidente Lula, além de líder partidário, era o responsável final pela decisão de quem seriam os diretores da Petrobras e foi um dos principais beneficiários dos delitos.