Com sua primeira derrota eleitoral desde sua chegada ao poder em 2006, o presidente boliviano Evo Morales terá de rever sua estratégia para garantir seu projeto político para depois de 2020, quando terminar seu atual mandato. Os bolivianos rejeitaram em referendo, realizado no domingo (21), a reforma constitucional promovida pelo presidente de origem indígena para poder se candidatar a um quarto mandato (2020-2025). Segundo a contagem oficial do Organismo Eleitoral Plurinacional (OEP) boliviano, após a apuração de 99,72% dos votos, o "não" venceu com 51,30%, contra 48,70% para o "sim". A tendência é irreversível. Morales, que ainda mantém incólume seu poder com um domínio pleno do Congresso, o que permite seguir com suas reformas, deverá administrar esta derrota, avaliar os danos e buscar junto a seu partido MAS (Movimento ao Socialismo) um discurso que recupere a confiança e alcance consensos, de acordo com analistas políticos. O voto rural e camponês, que foram os últimos apurados, chegou a manter viva a esperança de Morales em uma reviravolta. O resultado do referendo levou as pessoas às ruas para festejar em cidades como La Paz e nos redutos opositores de Sucre, Potosí e Santa Cruz. As informações são do G1.