Preso por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef disse que, escondido da direção nacional do PP, continuou repassando propina para o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte. Atualmente, o pepista é conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia. As informações fazem parte da denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o deputado federal Nelson Meurer, e encaminhada ao ministro Teori Zavascki, relator do caso de corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o jornal Correio, no depoimento do doleiro à justiça, ele relatou que de forma oculta, a pedido de Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras e também delator), manteve o pagamento das “comissões”. Youssef justificou aos investigadores que as remessas tinham como objetivo “amenizar a briga interna existente no seio do PP”. Desde que virou alvo da Lava Jato, o ex-ministro nega qualquer envolvimento no esquema e garante que, na hora certa, provará sua inocência.