O site Brumado Notícias entrevistou o secretário municipal de administração e planejamento da cidade de Rio do Antônio e membro da comissão de monitoramento do açude do Truvisco, Antônio de Souza Lima, para tratar do conflito entre os municípios de Rio do Antônio, Guajeru, Caculé e Licínio de Almeida quanto à utilização da água armazenada na Barragem do Truvisco. O barramento construído para armazenar mais de 30 milhões de metros cúbicos de água está com pouco mais de 9 milhões de metros cúbicos do líquido, ou seja, pouco mais de 30% de sua capacidade.
Antônio Lima denunciou que está ocorrendo um monopólio do Truvisco, o qual favorece apenas os municípios de Caculé e Licínio de Almeida. “Há um interesse do poder aquisitivo empresarial e político que mantém o monopólio principalmente para Caculé”, disparou o secretário. Segundo ele, enquanto se impede a abertura da válvula de descarga para que parte da água armazenada na Barragem do Truvisco chegue à Barragem da Lagoa da Horta em Rio do Antônio, há várias plantações de milho, cana, mandioca e banana utilizando a água da Barragem do Truvisco.
“O volume utilizado nessas plantações daria para abastecer três vezes as famílias de Rio do Antônio e Guajeru”, criticou o secretário, acrescentando em seguida que, contrariando a lógica e contenção de despesas, a Embasa prefere não realizar a manobra de abertura da válvula de vazão da Barragem do Truvisco e está estudando a abertura de poços artesianos em Rio do Antônio, o que não é uma garantia, pois há o risco de se encontrar pouca vazão ou água imprópria para o consumo humano. Antônio Lima concluiu dizendo que, através da sua assessoria jurídica, a prefeitura de Rio do Antônio tentará anular o termo de alocação de água de 2015/2016, que contraria a resolução da Agência Nacional de Águas (ANA) para o abastecimento prioritário dos municípios na região do Truvisco.