Menos de 30 pessoas participaram dos protestos realizados no último domingo (16), na Praça Coronel Zeca Leite, em Brumado. A manifestação seguia a corrente realizada em várias cidades do país contra o governo Dilma, o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT). A tônica dos protestos não foi bem assimilada pelos brumadenses, que nas redes sociais já indicavam que não iriam participar por se tratar de “um movimento partidarista antidemocrático para tomada de poder, promovido por partidos de oposição ao atual governo e pela mídia dos grandes centros”. Para muitos munícipes, o protesto não teve a força e a cara da verdadeira indignação popular e, por isso, não houve a aderência que era esperada.
“Se o povo tivesse real interesse de tirar a Dilma e o PT do poder, então deveriam ter feito isso a menos de um ano atrás, quando foram às urnas nas eleições de 2014. Agora não adianta fazer tais protestos, pois foi a vontade soberana do povo que manteve a presidente no poder. Isso prova mais uma vez que o brasileiro, no geral, ainda não aprendeu a votar”, comentou o eletricista Cláudio de Jesus.
Dentre os poucos manifestantes que apareceram na praça estavam o ex-prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB) e a atual vice-prefeita, Cristina Gondim (PSDB), acompanhada do marido, o médico José Clemente (PSDB), além de personalidades da cultura local. Falando ao site Brumado Notícias, Vasconcelos polemizou ao explicar a pouca participação dos munícipes no movimento. “Napoleão dizia que o que une as pessoas é o medo ou o interesse. Não ameaçamos ninguém e não estamos distribuindo nada”, destacou e em seguida lançou novamente seu jargão antipetista. “Volto a dizer, há três coisas que só se faz uma vez na vida: nascer, morrer e votar no PT”, concluiu ele.