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Câmara dos Deputados instala CPI do BNDES
Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (6), a Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI que irá investigar os contratos de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi instalada na Câmara dos Deputados. Por um acordo entre os partidos, a presidência ficará com o PMDB, que indicou o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), e a relatoria, com o PR, que sugeriu o nome do José Rocha (PR-BA). Os nomes foram confirmados em uma eleição secreta, por 22 votos a favor. Não houve votos contrários nem abstenções. Descontente com o acerto, o PT fez críticas ao arranjo articulado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e tentou lutar pela relatoria da comissão. O cargo de relator é disputado porque compete a ele ditar o ritmo das investigações e elaborar um parecer ao final. Apesar dos esforços, o PT deverá ficar com a segunda-vice-presidência da CPI. No total, a comissão será composta por 27 membros titulares e igual número de suplentes. O requerimento de criação da CPI do BNDES é do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que pede que sejam investigadas supostas irregularidades envolvendo o BNDES ocorridas entre os anos de 2003 e 2015 relacionadas à concessão de empréstimos, que até junho estavam sob sigilo, concedidos a países como Angola e Cuba. Bueno questiona a classificação desses contratos como sigilosos, o que fará com que o seu teor só seja conhecido em 2027. A CPI também deverá apurar empréstimos concedidos a empresas investigadas da Operação Lava Jato que seriam de fachada, além de operações de crédito em favor de empresas do grupo do empresário Eike Batista e do setor frigorífico.

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