Mais comum na infância, a alergia alimentar é uma reação adversa provocada pelo alimento em um indivíduo com suscetibilidade a essa condição. Sua real incidência e prevalência não são muito bem conhecidas em função das diferenças nos diagnósticos - de 3% a 5% das crianças são acometidas por um quadro de alergia alimentar, enquanto nos adultos varia entre 2% e 3%. De acordo com o pediatra e presidente do Departamento Científico de Gastroenterologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Dr. Mauro Batista de Morais, um dos fatores que pode ser responsável pelo surgimento de alergia alimentar no primeiro ano de vida relaciona-se a elevada velocidade de desenvolvimento da maturação no sistema imunológico do intestino. Com o passar do tempo, o indivíduo que apresenta alergia a determinado alimento pode desenvolver tolerância e não apresentar mais reação. Os alimentos que com maior frequência determinam o desenvolvimento de alergia alimentar são: leite de vaca, clara de ovo, frutos do mar, nozes, castanhas e amendoins, soja, e todos que contenham proteínas com potencial de provocar reação envolvendo o sistema imunológico intestinal. Os sintomas são variados e se apresentam no sistema digestivo e na pele. As manifestações digestivas mais comuns são os vômitos, irritabilidade, choro contínuo, cólica, dificuldade de alimentação, refluxo, diarreia crônica, diarreia com sangue e constipação intestinal. O único tratamento aceitável é a exclusão completa da proteína na dieta da pessoa.