O Brasil terá um plano de ações para promover a igualdade racial pelos próximos dez anos, anunciou a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes. As ações estarão divididas em três eixos - reconhecimento, justiça e desenvolvimento - e deverão começar a ser discutidas com os movimentos sociais em novembro, mês da Consciência Negra. O plano faz parte da Década Internacional de Afrodescendentes, que se estende até 2024. A década consta na Resolução 68/237 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, os negros são, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, mais da metade da população - 52,9% – soma daqueles que se declaram pretos e pardos. Apesar disso, os dados de educação, equiparação salarial e violência - que mostra jovens negros como as principais vítimas - mostram que ainda há desigualdade racial no Brasil. Além de um plano próprio, o Brasil terá que cumprir metas globais que estão sendo discutidas no âmbito da ONU e deverão ser definidas nos próximos meses.