De acordo com decisão tomada em assembleia realizada com o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba), os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) iniciaram greve por tempo indeterminado. O movimento foi deflagrado por suposta ameaça de privatização e progressiva redução de direitos dos funcionários. O presidente da Sincotelba, Josué Canto, destacou que os Correios estão passando por um processo de reestruturação sem a participação dos trabalhadores. Além disso, segundo ele, há uma precarização dos serviços em todo o estado. Canto também pontuou que os trabalhadores estão insatisfeitos com a aprovação de uma medida, válida a partir de abril deste ano, em que o desconto salarial referente ao fundo de pensão sobe de 3,94% para 25,98%. “Descobriram um rombo no fundo e agora querem penalizar os trabalhadores”, afirmou o sindicalista ao G1. A previsão é de que 60% a 70% dos funcionários dos Correios parem as atividades na Bahia. Em todo o estado, a empresa tem seis mil trabalhadores, sendo que três mil deles estão em Salvador. Em nota, os Correios afirmam que não existem planos de privatização da empresa e que o projeto de reestruturação faz parte do processo de revitalização e fortalecimento da empresa, com base na legislação, para diversificar sua área de atuação, rentabilizar a estrutura existente e garantir a sua sustentabilidade.