Os debates envolvendo o acordo de regulação no atendimento do Sistema Única de Saúde no Hospital Professor Magalhães Neto, em Brumado, com os demais municípios da região ganharam um novo episódio com as declarações do secretário municipal de saúde. Em entrevista ao site Brumado Notícias, Cláudio Feres esclareceu que Brumado é município polo de uma microrregião que agrega 21 cidades e que ultimamente a prefeitura esta bancando sozinha as despesas em torno de R$ 600 mil. Ele destacou os cortes da União e o excedente de atendimento fora do acordo com os municípios vinculados. Segundo o secretário, os números de atendimento na unidade de saúde mais que triplicaram nesse primeiro trimestre do ano, principalmente no que se refere às gestantes. O aumento gerou uma sobrecarga nos atendimentos na unidade hospitalar. Feres explicou que, diante da situação, mesmo através da regulação, não há vagas para todos os pacientes no local.
“Estamos registrando o número dos pacientes que chegam ao hospital sem a regulação. Ou estão vindo por conta própria ou então os municípios é que estão enviando esses pacientes sem respeitarem a cota da pactuação. A maioria dos pacientes é gestante, que chegam ao hospital para terem os filhos sem apresentarem o histórico de pré-natal, que não estão sendo ofertados em seus municípios de origem”, afirmou o secretário. Ele relatou que na última semana o assunto se agravou após uma ambulância de Aracatu não ter respeitado a cota de regulação e chegar ao hospital com uma paciente já depois do fim do expediente de um médico. O profissional de saúde acionou a polícia e o hospital registrou um boletim de ocorrência contra o motorista da ambulância. “Estão extrapolando a cota deles e quem está pagando a conta é a prefeitura de Brumado”, pontuou o secretário.