Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, 47% dos cidadãos “do asfalto” nunca contratariam para trabalhar em sua casa uma pessoa que morasse em favela. No total, 3.050 pessoas foram entrevistadas em 150 cidades de todo o país entre os dias 15 e 19 de janeiro. De acordo com o levantamento, o Rio de Janeiro é exceção, porque um terço da mão de obra feminina das favelas é formada por empregadas domésticas. “E o Rio de Janeiro tem um fenômeno que não ocorre em outras regiões metropolitanas, que é uma presença maior de favelas nas áreas nobres da cidade”, destacou o presidente do Instituto, Renato Meirelles. A pesquisa revelou ainda que 69% dos entrevistados do asfalto disseram que têm medo quando passam em frente a uma favela e 51% afirmaram que as primeiras palavras que lhes vêm à mente quando ouvem falar de favela são droga e violência. Para Meirelles, criou-se um estigma no país, relacionado à favela, de associar esse território à criminalidade.