Vários projetos foram votados e aprovados sem maiores alterações na noite da última segunda-feira (17), durante a sessão legislativa de Brumado. No entanto, um requerimento apresentado pela vereadora Liu Vasconcelos (PCdoB) foi reprovado com o voto de minerva do presidente Alessandro Lôbo (PSL). O requerimento solicitava do executivo municipal a lista dos contratados que foram demitidos pela prefeitura no mês de maio. A solicitação gerou bastante discussão entre os parlamentares das bancadas de oposição e situação. Exaltado, o vereador José Santos (PTC), o Santinho, líder da bancada de situação, defendeu a administração municipal e fez inúmeras acusações. “O prefeito Aguiberto mantém a transparência em tudo, mas eu não posso dizer o mesmo de alguns vereadores que o antecederam nessa Casa, onde aqui o dinheiro público descia por ralo abaixo”, disparou. Santinho acusou até mesmo o ex-prefeito Edmundo Pereira (PT), que, segundo ele, teria contratado uma empresa fantasma em sua administração. “Cadê a gestão de Edmundo Pereira, que naquele Mercado Municipal contratou uma empresa fantasma, comeu dinheiro público e não concluiu o serviço? E alguns vereadores que hoje aqui estão também atuaram naquela época e não apresentaram requerimento, não fizeram o papel de vereador e não honraram a função”, afirmou. Para o vereador, o requerimento apresentado pela vereadora comunista é algo intempestivo. Vasconcelos não se intimidou e respondeu ao colega afirmando que foi eleita pelo povo e que está na Câmara em defesa dos interesses da população. Além disso, a vereadora fez insinuações a respeito do parlamentar. “Se o senhor acha que gritando, falando alto, vai me intimidar, o senhor está enganado. Para não falar nenhuma bobagem, vou procurar saber do meu marido (o ex-vereador Leonardo Vasconcelos) o que aconteceu naquela noite da votação envolvendo o empreendimento Parque das Palmeiras, ocasião em que o senhor esteve em meu gabinete conversando com o empresário Vanderlito Souza. Vou me informar melhor sobre a conversa e falar aqui na próxima sessão”, ameaçou a vereadora. Na sequência, Vasconcelos pediu compostura ao colega. “Acho que o senhor deveria medir suas palavras e diminuir o tom de sua voz quando for falar aqui na sessão. Respeito seu posicionamento e direito de votar contra ou favor, mas vou continuar apresentando os meus requerimentos, indicações e projetos no dia e hora em que eu bem entender”, concluiu.