Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, a Ialorixá Patrícia de Oyá, que atua em um terreiro localizado na Lagoa do Arroz, em Brumado, cobrou a implantação do Dia das Religiões Afro. Ela disse que, assim como há o Dia do Evangélico, as religiões de matrizes africanas também precisam desse reconhecimento para diminuição do preconceito. “Cadê o Dia do Candomblé, o feriado que não temos? Cadê nossos direitos? Daí já começa a intolerância. Dizem que o estado é laico, mas só tem abertura para apenas uma crença”, apontou. Para a Ialorixá, os poderes públicos não agem da forma como deveriam. “Falta abertura para as religiões de matrizes africanas”, completou. A Ialorixá também destacou que, em algumas escolas, apesar de ter a matéria sobre religião, não se fala sobre as religiões de matrizes africanas. “Só se fala de cristão, de santidades. Cadê os orixás, as divindades? Por que não trazer para sala de aula o que é a religião de matriz africana, suas raízes e origens? Isso aumenta o tabu e causa a intolerância. O preconceito é justamente sobre o que não se entende”, asseverou.