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22/Jan/2025 - 13h30

Como a titulação química está ajudando a melhorar a qualidade da água no sudoeste

Como a titulação química está ajudando a melhorar a qualidade da água no sudoeste Foto: Divulgação/Ibrahim Boran/Unsplash

Quando falamos sobre a hidrografia da Bahia, as bacias do São Francisco e do Atlântico chamam a atenção, já que é nelas que se localizam os sistemas de drenagem do estado. Já Corrente, de Contas, Grande, Itapicuru, Jequitinhonha, Paraguaçu, Pardo e São Francisco são os principais rios da Bahia. Baseado nessas informações básicas sobre a água no estado, uma pergunta surge: afinal de contas, como a qualidade hídrica é garantida quando se trata de um espaço tão amplo? A resposta é simples: a partir da ciência! Técnicas de química analítica surgem nesse contexto, as quais vale a pena discutir. Nesse texto nós vamos explorar como a titulação química, principal método de análise da água, ajuda a melhorar a qualidade hídrica da Bahia, com foco especial na região sudoeste do estado. Ao fim, você terá uma visão diferenciada sobre os cuidados necessários para manter os recursos naturais hídricos.

1. Descobertas sobre acidez e alcalinidade dos recursos hídricos

O uso mais básico da titulação química é também o mais facilmente relacionado com a qualidade da água: a análise da acidez. Basicamente, cabe à titulação identificar as quantidades de substâncias em uma solução, a fim de garantir que as porcentagens estão de acordo com o que é saudável às pessoas. Levando em conta que a água passa por tratamentos antes de chegar aos consumidores (algo que nós vamos abordar mais uma vez em tópicos posteriores), é preciso que ela não tenha um nível de acidez elevado. Essa análise é feita a partir da utilização de aparelhos científicos com o nome de “tituladores”. Além disso, o controle da acidez e da alcalinidade é crucial para evitar danos às redes de distribuição e aos sistemas de encanamento. Uma água com níveis desequilibrados pode causar corrosão ou incrustações, comprometendo tanto a infraestrutura quanto a qualidade do recurso entregue à população.

2. Desenvolvimento de tecnologias de acesso à água tratada

Quanto mais avançadas são os recursos tecnológicos de análise e tratamento de água, mais seguros serão seus resultados. Isso significa que tituladores mais modernos, com avaliações mais ágeis e mais exatas, oferecem mais benefícios. Isso vale tanto para cuidados com água no Brasil quanto no mundo. Essas inovações tecnológicas permitem que pequenos municípios também tenham acesso a tratamentos de água eficazes, mesmo com recursos limitados. Isso é especialmente relevante para o sudoeste da Bahia, onde comunidades rurais muitas vezes dependem de soluções práticas e acessíveis para garantir que a água consumida seja de qualidade e segura.

3. Garantia de segurança nos níveis de flúor colocado na água

No primeiro item nós citamos que voltaríamos ao ponto do tratamento da água, e aqui estamos! Com o objetivo de que ela seja tratada o suficiente para ser própria ao consumo, o flúor é adicionado, o que é benéfico às pessoas. Seu consumo é absolutamente seguro nas quantidades utilizadas no país. A importância aqui está na garantia de que essas quantidades serão respeitadas, o que acontece com a análise da titulação química. Quando os percentuais de flúor são altos ou baixos demais, a água deixa de ser própria ao consumo, o que pede novos tratamentos e garante a segurança de quem a consome. Além disso, a correta dosagem de flúor ajuda a prevenir problemas de saúde pública, como a cárie dentária, sem que haja o risco de fluorose. Esse equilíbrio delicado só é possível graças à precisão das análises químicas, reforçando a relevância da titulação nos processos de saneamento.

4. Identificação de resíduos químicos prejudiciais à saúde

Para finalizar, nós temos a identificação de resíduos químicos que podem ser prejudiciais à saúde e estão presentes na água. Isso pode acontecer por inúmeros motivos, desde o tratamento inadequado até a poluição de reservas. Mais uma vez, nós temos a titulação química como uma poderosa aliada. A presença de alguns tipos de metais, mesmo que em quantidades reduzidas, pode ser suficiente para que o indivíduo consumindo fique doente ou mesmo que faleça. Imediatamente, nós conseguimos compreender o porquê de a titulação química estar ajudando a melhorar a água no sudoeste da Bahia. Outro aspecto essencial é a capacidade de identificar substâncias tóxicas provenientes de atividades industriais ou agrícolas, como pesticidas ou metais pesados. Essas análises não apenas evitam danos diretos à saúde da população, mas também ajudam a direcionar políticas públicas voltadas para a preservação dos recursos naturais.

Conclusão

Como nós podemos concluir, a situação hídrica brasileira ainda deixa a desejar em muitos aspectos, em especial em regiões distantes dos grandes centros urbanos, mas isso não significa que os esforços não existam. A partir de técnicas como a titulação, a segurança da água é garantida a todos os baianos. Ainda assim, é importante destacar que esses avanços dependem de uma constante vigilância e de investimentos em infraestrutura e pesquisa científica. A conscientização da população sobre o uso sustentável dos recursos hídricos e o apoio a iniciativas de preservação ambiental são passos fundamentais para assegurar que a água tratada continue a chegar a todas as comunidades, mesmo nas áreas mais remotas. Ao combinar a ciência com políticas públicas eficazes e tecnologia de ponta, torna-se possível não apenas melhorar a qualidade da água no sudoeste da Bahia, mas também inspirar soluções para outras regiões do Brasil. É um lembrete de que, mesmo diante de desafios significativos, a ciência e a dedicação podem transformar a realidade de muitas pessoas.

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