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19/Dez/2024 - 08h30

Delegado acusado de importunação sexual e injúria é denunciado pelo MP-BA

Delegado acusado de importunação sexual e injúria é denunciado pelo MP-BA Foto: Reprodução/Correio 24h

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o delegado da Polícia Civil Antônio Carlos Magalhães Santos pelos crimes de importunação sexual e injúria contra duas policiais. Em outubro, quatro investigadoras que trabalhavam na 28ª Delegacia (Nordeste de Amaralina), onde ele era titular, contaram que foram vítimas de abusos. Após a repercussão do caso, o delegado foi exonerado do cargo.  Antônio Carlos foi indiciado pelos dois crimes em novembro, após investigação da polícia. Na denúncia, a qual o jornal Correio teve acesso, o Ministério Público da Bahia reconhece as evidências de que o delegado cometeu importunação sexual contra uma investigadora e injúria por proferir ofensas contra uma escrivã. Ambas haviam entrado na corporação há poucos meses quando teriam sido vítimas dos crimes.  A denúncia foi formalmente apresentada pelo MP-BA no dia 22 de novembro, mas o documento só foi publicado nesta semana. As vítimas foram removidas da unidade policial onde os crimes supostamente ocorreram. Antônio Carlos Magalhães dos Santos está de licença prêmio desde o dia 24 de setembro. O benefício, que permite que ele fique três meses afastado do trabalho enquanto recebe o salário integralmente, foi concedido após o início das investigações pela Corregedoria da Polícia Civil. A pena para o crime de importunação sexual é de um a cinco anos de prisão. Nesse caso, o MP-BA reconheceu o agravante de abuso de poder, que poderá aumentar a pena em caso de condenação. Diferente do assédio, que tem pena de até dois anos, a vítima de importunação sexual é tocada pelo agressor. Antônio Carlos nega as acusações e diz que vítimas "armaram" denúncias para serem transferidas da 28ª Delegacia Territorial. Segundo a denúncia, a investigadora estava de braços cruzados quando Antônio Carlos se aproximou e tocou nos seios, com o pretexto de descruzar os braços da vítima. O episódio teria se repetido outras duas vezes dentro da delegacia e sido presenciado por uma colega. Uma das vítimas relata que mudou a disposição de móveis do local para evitar que o delegado se aproximasse do seu corpo por trás. Em outro episódio narrado pela investigadora, Antônio Carlos teria exigido que ela estivesse ao seu lado durante um evento, tocou em sua coxa e falou próximo ao seu ouvido. Ainda segundo a denúncia, o delegado fazia reiterado “elogios” inapropriados às aparências físicas das vítimas.

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