No último dia 13, o Sindicato dos Peritos Criminais do Estado da Bahia realizou uma assembleia geral unificada com todas as carreiras da Polícia Civil diante da proposta de reajuste apresentada pelo governo, a qual ficou aquém do esperado pelas categorias. O pedido de recomposição salarial dos últimos anos foi de 59%, mas o governo ofereceu 22% para a base e 14% para a pirâmide. Ao site Achei Sudoeste, o presidente do órgão, Leonardo Fernandes, relatou que a assembleia conjunta foi bastante confusa e tensa. “Tivemos alguns problemas. A ala mais radical não quis nos ouvir e isso acabou gerando um certo desconforto entre as categorias. Tanto é que a assembleia terminou com parte da categoria reprovando o acordo salarial proposto pelo governo e não se deliberou o que fazer”, afirmou. Com relação à perícia técnica, Fernandes detalhou que, durante a plenária, a categoria foi vaiada. “Não conseguimos nem falar. Fomos vaiados, criou-se um clima esquisito, estranho, hostil. Foi constrangedor, faltou respeito”, apontou. Diante da situação, o sindicato que representa todas as categorias que compõem a Polícia Técnica decidiu promover uma assembleia independente nesta terça-feira (19). Apesar da decisão, Fernandes assegurou que o movimento não foi rompido. “Não houve uma ruptura do movimento, mas houve um desmembramento, já que nós, peritos criminais, não conseguimos falar na assembleia devido à ala mais radical. Não houve debate”, frisou.