O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a meta para a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto, a 10,50% ao ano. É o sétimo corte consecutivo de uma série iniciada em agosto de 2023, a partir de 13,75% ao ano. Desde então, todos os ajustes haviam sido de meio ponto. O novo movimento, portanto, representa uma desaceleração no processo de redução de taxas. A decisão dividiu o colegiado, mas prevaleceu a vontade da maioria de cinco membros: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. Outros quatro votaram por um corte maior de 0,50 ponto, foram eles: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. Todos esses últimos foram indicados pelo atual governo. “A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação desancoradas e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”, aponta o comunicado. Este comunicado difere dos anteriores, porque não dá pistas sobre os próximos passos (o chamado “forward guidance” não aparece aqui). A partir de agora, o futuro está em aberto. O campo para novas quedas não se fechou. Mas, ao mesmo tempo, aumentaram as chances deste novo corte ter sido o último. Os dados dirão ao longo das próximas semanas. “O Comitê também reforça, com especial ênfase, que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, destaca outra parte do texto.