A capoeirista Normalene Fernandes, popular Gingadinha, retornou ao município de Brumado após uma longa turnê pela Europa. Ao site Achei Sudoeste, a capoeirista disse que a experiência foi única e muito rica. “Desejo para qualquer capoeirista passar por isso que eu passei. A gente vive no celeiro da cultura, que é a Bahia e o Brasil”, afirmou. Embora Brumado e região contem com capoeiristas que desenvolvem um excelente trabalho, Gingadinha lamentou que nem todos tiveram essa oportunidade de mostrar a sua arte fora do país, onde a capoeira é extremamente valorizada. Ela lamentou o fato de o Brasil não valorizar a arte da capoeira. “Desenvolvemos um trabalho muito bom com a capoeira na Bahia, mas financeiramente não somos reconhecidos. Não só financeiramente, mas culturalmente também. Infelizmente, o Poder Público não tem respeito pela nossa cultura”, disparou. Nesse ponto, a atleta falou sobre a falta de incentivo à capoeira, visto que ela foi para Europa sem qualquer incentivo ou ajuda do Município “A gente vai ao poder público pedir recurso e é como se tivéssemos pedindo esmola. Não recebemos qualquer ajudar para o esporte. Temos que sair pra ter essa valorização. É humilhante um atleta ou fazedor de cultura se humilhar de porta em porta pra conseguir uma verba pra levar cultura”, reiterou.