Nesta quarta-feira (16), o 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e demais órgãos de defesa lançaram a campanha Maria da Penha durante encontro na sede da entidade, em Brumado. Ao site Achei Sudoeste, o Tenente Coronel Elson Pereira destacou que se trata da primeira campanha de prevenção à violência contra a mulher realizada no município. “É um tema atual e necessário no momento. Estamos no Agosto Lilás e nossos indicadores chamam a atenção”, afirmou. De janeiro até o mês de agosto, foram 144 casos de violência contra a mulher em Brumado, desde agressões a estupros. Segundo o comandante, os casos acontecem primordialmente aos finais de semana: 16% nas sextas-feiras, 21% aos sábados e 27% aos domingos. Durante a campanha, serão realizadas blitz educativas, panfletagens, palestras em empresas, escolas, templos e outras ações. Para o Tenente Coronel, a informação diretamente nas comunidades, disseminada pela rede de proteção social, ajudará a diminuir os números da violência doméstica na cidade. “É um processo de conscientização, sensibilização, de educação na forma transversal na sociedade brumadense”, enfatizou.
O promotor Antônio Pereira ressaltou que o Ministério Público também está engajado nessa luta com o objetivo de conscientizar a todos em prol de uma sociedade mais pacífica. “O MP é parceiro e não vai medir esforços para que essa campanha tenha êxito e que a gente diminuía os números da violência de gênero na cidade”, declarou. À frente do Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher (Neam) em Brumado, a delegada Ellen Laje disse que a ideia é prevenir e reduzir os índices da violência contra a mulher. “Quanto mais a gente discute e fala é importante para prevenir”, concluiu. Também presente no evento de lançamento, a promotora Daniela Almeida criticou a ausência do Poder Público na pauta dos direitos humanos nas diversas audiências públicas promovidas com temas de suma importância para a sociedade. Almeida falou que, ao contrário da prefeitura, o Ministério Público prontamente aderiu à campanha, cuja iniciativa busca aumentar a rede de proteção e apoio à mulher através da conscientização, bem como evitar a violência de gênero, que é muito expressiva no município, principalmente levando em conta as subnotificações. “Lamento dizer que estamos próximos dos 1 mil casos só neste ano de 2023”, pontuou.