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11/Mai/2023 - 00h00

Lagoa Real: Advogado contesta versão acerca de homem acusado de alvejar policial militar

Lagoa Real: Advogado contesta versão acerca de homem acusado de alvejar policial militar Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O advogado Juscilei Ramos da Silva contestou a versão da Polícia Militar em Lagoa Real, a 80 km de Brumado, que acusa um homem de atentar contra a vida de um policial na cidade. O homem foi preso no último sábado (06), após, segundo a PM, ter efetuado um disparo contra o policial durante abordagem (veja aqui). Ao site Achei Sudoeste, o advogado disse que o caso é mais um entre tantos que acontecem em cidades do interior, em que a PM abusa do seu poder de polícia. Em imagens obtidas, o advogado afirmou que é possível ver que o policial, à paisana, conversa amistosamente com o seu cliente. “Do meio para o fim, os ânimos se afloram e o policial dá uma coronhada na cabeça do Santos [homem acusado]. E, daí em diante, ele começa a dizer que o espaço de Lagoa Real é muito pequeno para os dois e que um tem que sair”, relatou. Segundo Juscilei, o seu cliente chegou a ir embora para casa, onde foi abordado mais tarde pela guarnição da PM, com o policial à paisana, que estava totalmente embriagado, e mais dois fardados. Durante uma discussão na residência, o advogado afirmou que o PM é atingido.  “Há uma invasão de domicílio. Entram dentro da casa da pessoa, totalmente ilegal. Agridem a esposa de Santos e o próprio Santos. Colocam uma arma dentro da boca dele dizendo que vão matar. Santos pede clemência. Daí não se sabe ao certo o que aconteceu, mas é a arma do policial, uma 9 mm, que dispara e acerta numa pedra e os vestígios que atingem o policial”, contou. Em seguida, Ramos disse que os colegas levam o policial para viatura, vestem uma farda para forjar que ele estava em serviço e, só depois, o encaminham para o hospital. Apenas na madrugada, o homem acusado pela polícia é levado para delegacia depois de ter sido espancado, conforme alega a defesa. “Inverteram tudo. Esse caso é muito fácil de ser desvendado, pela arma, pelas imagens, pelo histórico do policial de confusão em Lagoa Real, pelos vestígios... Tanto o PM que estava embriagado e foi atingido, quanto os outros dois, que acobertaram e manipularam a cena do crime, serão responsabilizados. É um caso gravíssimo!”, finalizou. O comandante da 94ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), disse que a nota divulgada pela instituição reflete as informações disponíveis colhidas no momento da ocorrência. “Não tenha dúvidas que haverá apuração que verificará a veracidade dos fatos a fim de que a justiça seja alcançada”, garantiu.

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