De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), é estimado em R$ 28 bilhões o prejuízo causado ao país pelo atraso na execução de seis obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O valor do custo extra seria suficiente para construir 466 mil casas populares. Entre as obras atrasadas está a da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), na Bahia. O aeroporto de Vitória; o projeto de esgotamento sanitário da Bacia do Cocó, em Fortaleza; o projeto de transposição do Rio São Francisco; um trecho da BR-101 no sul de Santa Catarina; e as linhas de transmissão ligando as hidrelétricas do Rio Madeira ao Sistema Interligado Nacional são as outras cinco obras que estão gerando prejuízo para o país. Para a CNI, somente o atraso da obra de transposição do São Francisco causa prejuízo de R$ 16,7 bilhões. Segundo a Confederação, esses atrasos têm origens recorrentes, como a má qualidade dos projetos básicos usados para a execução do orçamento e posterior licitação das obras; a demora na obtenção de licenças ambientais e na realização de desapropriações; e a má gestão dos projetos durante as obras, com superestimativa de benefícios e subestimativa de prazos e custos.