O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), decretou na tarde desta sexta-feira (17) a interdição total do Parque da Lagoa Radialista Erivaldo Cerqueira por tempo indeterminado depois que a bactéria causadora da cólera foi detectada na água da lagoa do equipamento. A medida foi oficializada através de decreto publicado em edição extra do Diário Oficial Eletrônico do Município. Na manhã desta sexta, o gestor municipal já havia anunciado a interdição da lagoa situada no equipamento por causa da constatação da contaminação da água pelo agente causador da cólera, o Vibrio cholerae. “Queremos evitar a presença de pessoas que possam se aproximar da lagoa e ter contato com a água. Peço a compreensão de todos e saliento que evitem contato com a água não só da lagoa do Parque Erivaldo Cerqueira, como também mananciais situados naquela região, e que também podem estar contaminados”, ressaltou Colbert. Após uma reunião realizada entre representantes das vigilâncias sanitária, epidemiológica e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foi sugerida a interdição completa do Parque, o que foi acatado pelo prefeito. O órgão municipal divulgou a informação nesta sexta e solicitou que as pessoas que tiveram contato com a água ou ingeriram peixes do local prestem atenção nos sintomas da doença. A lagoa fica localizada no Parque Radialista Erivaldo Cerqueira, um local onde os moradores costumam praticar esportes e fazer passeios ao ar livre. De acordo com a prefeitura, o local continua liberado para visitação, mas o entorno da lagoa foi isolado. O resultado que confirmou a presença da bactéria Vibrio Cholerae nas amostras de água foi liberado na quinta-feira (16), pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen). As investigações foram iniciadas no dia 11 de fevereiro, depois que peixes começaram a aparecer mortos no local. A prefeitura ainda informou que as cepas isoladas serão enviadas para a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para análise da patogenicidade, ou seja, a capacidade da bactéria causar doença. O prefeito da cidade, a Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Sanitária e a Vigilância Epidemiológica, além das secretarias municipais de Meio Ambiente e Serviços Públicos uma reunião, participarão de uma reunião para avaliar e discutir as próximas ações preventivas a serem adotadas.