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18/Jan/2023 - 15h30

Brumadense faz homenagem a José de Souza Ribeiro, Zuzú do Cinema

Brumadense faz homenagem a José de Souza Ribeiro, Zuzú do Cinema Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Teimosamente ainda insisto em pensar que aquilo que é finito para um entendimento racional é infinito para o meu coração, ou seja, ainda não entendi por que o Zuú se foi. Particularmente, me sinto impotente por não conseguir entender, também, que somos passageiros desta vida, e que lá em cima teremos a morada eterna. Assim, as alegrias e as tristezas entram e saem de nossas vidas como personagens. Hoje me lembrei do que disse Manuel Bandeira, quando ele ficou sabendo da morte de seu amigo Mário de Andrade. Ele disse assim: anunciaram que você morreu. Meus olhos, meus ouvidos testemunham. Mas a alma profunda, não. Porque para mim ele foi contar a história do Cinema para Deus. Mas é sempre assim, no início nós não entendemos que o tempo de Deus não é o nosso tempo, que só na casa do Pai teremos a morada eterna, como nos ensinou Santa Teresinha quando disse “não morro, entro para a vida”. Mas, quem foi Zuzú? Respondo com a maior tranquilidade: um ser humano que não tinha nem tempo para dormir, pois era na imensidão da noite que recarregava suas energias para durante o dia levar sua força para aquelas pessoas que precisavam. Ajudar ao próximo era o seu dever de casa, coisa que ela fazia com a maior maestria. Por isso perdemos o convívio de um grande amigo, mas ganhamos a referência de um ser humano que criava um tempo para os amigos, para lhes dizer o quanto os amavam. Então, a partir de agora temos nossas vidas mais entristecidas, porém orgulhosos de termos tido o privilégio de sua companhia.

Então, quero neste sete dia, fazer um convite a todos os amigos: vamos dar um adeus a Zuzu, ou melhor, um adeus não – um até breve, e que este até breve ressoe em nossos corações e o transforme em amor e força, para que possamos levar a todas as pessoas que ainda não entenderam o verdadeiro sentido da vida, uma mensagem de paz, de amor a Deus e aos nossos irmãos. Vamos ajudá-las a recomeçar, a buscar e um novo referencial de vida, pois assim seremos sementinhas que espalhadas pela saudade vamos construir um mundo melhor.  “Que este adeus ressoe sempre em nossos corações pelo reflexo da saudade que já se faz presente, e se nossas mãos se encontrarem poderemos fazer com elas um convite para transformar o mundo, e se cada um de nós for uma semente que o vento espalha, qualquer sonho poderá ser realidade um dia. Assim, não deveremos nos esquecer jamais de nossos sonhos e planos para que nossos dias venham doces como ondas e nossos olhos nunca percam o caminho das estrelas”, onde agora Ele já está. Vamos, então, lembrar de Carlos Drummond de Andrade “a cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade”. Termino com um poema de um autor desconhecido:

“Hoje não tem muita coisa, frases de efeito.

Hoje não tem chuva pra lavar a dor do peito.

Hoje não tem a mesma poesia nossa de cada dia.

Hoje não foi outro dia...

Hoje encontrei a perda, dor de partida.

Um amigo se foi, de dores e amores que deixou.

Hoje a notícia foi triste,

Enrugou minha testa,

Apertou meu coração.

Hoje entendi que não há ninguém igual...

Quando um amigo se vai, sem chances de um abraço

Quando um amigo se vai, é parte da gente

Que da gente se desprende do vazio que fica.

Hoje não tem aquela poesia,

De brilho, risos e amores.

Hoje perdi meu amigo.

Hoje meu coração se vestiu de luto,

Hoje abracei quem ficou perdida no vazio que ele deixou.

Hoje, senti mais forte, tão forte,

Que devemos amar, cuidar, abraçar quem se ama,

Antes da morte...  Graças a Deus te abracei...

E hoje, com tua saudade, fiquei...”.

Fátima, Carlinhos e Celinha não fique triste, pois sempre ouvi dizer que pai e mãe não morrem, apenas entardecem, tingem de nuvens e viram pôr do sol.

Até qualquer dia amigo,

Maria da Soledade dos Santos Teixeira

Comentários

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Zélia Lima
Linda e merecida homenagem, Sra Maria da Soledade! Parabéns! Bravooooo! Adeus Sr Zuzu! Até um dia! Saudade eterna. Que Deus conforte o coração dos familiares! Meu forte abraço.

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