Em carta aberta à população da cidade de Guanambi a 141 km de Brumado, e, em especial, aos dirigentes escolares e familiares de alunos que necessitam de educação especial, Margarete Cotrim Reis Silva, Pedagoga pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), falou a respeito da necessidade de inclusão de alunos com dificuldades de aprendizagem nas escolas do município. Cotrim possui uma filha de 4 anos, diagnosticada com TDHA, que por 10 anos estudou em uma instituição de ensino onde, segundo Margarete, direção e coordenação não tiveram o mínimo de respeito e consideração diante da dificuldade que a aluna apresentava. “Laudo médico assinado por um renomado neurologista e relatório de uma psicopedagoga respeitada não foram levados em consideração”, disse. A posição da direção diante dos apelos da mãe era de que o colégio possuía regras que precisavam ser respeitadas. No entanto, Margarete acredita que toda regra tem suas exceções e excepcionalidades. “Não é sobre aprovar ou reprovar uma aluna. É sobre não validar o desenvolvimento de uma aluna com TDAH! Onde está a inclusão que o colégio expõe em posts e outdoors? Ah! Esqueci, me perdoem a ironia: uma aluna com TDAH, na visão do colégio, provavelmente, não será 1º lugar em concorridos vestibulares e assim sendo não estampará a logomarca da escola! Não busco estampas! Busco respeito”, afirmou.