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28/Nov/2022 - 11h30

Cientista brasileiro é premiado na Alemanha por descoberta da ômicron

Cientista brasileiro é premiado na Alemanha por descoberta da ômicron Foto: Reprodução/GloboNews

O brasileiro Tulio de Oliveira, que mora na África do Sul desde 1997, e o zimbabuano Sikhulile Moyo receberam nesta sexta-feira (26) o Prêmio África da Alemanha 2022, entregue pelo chanceler federal alemão, Olaf Scholz, em cerimônia em Berlim. Os dois cientistas descobriram a variante ômicron da Covid-19, pelo qual foram reconhecidos e também receberam insultos e ameaças. De acordo com o G1, Oliveira é pesquisador em biotecnologia e dirige o Centro para Respostas e Inovação em Epidemias (Ceri) da Universidade Stellenbosch, na África do Sul. Ele já havia sido destacado pela revista científica Nature como uma das dez personalidades que fizeram a diferença em 2021 e entrou na lista dos cem mais influentes da revista americana Time deste ano. Filho de mãe moçambicana, Oliveira mudou-se para a África do Sul quando tinha 21 anos e sempre sentiu-se ligado ao continente africano. Hoje, é um dos principais virologistas do país, especializado em epidemias. Oliveira foi professor e orientador de Moyo, que hoje é um dos mais renomados pesquisadores da aids na África. Com o surgimento da pandemia, Moyo, diretor laboratorial no Instituto HIV/SIDA Harvard-Botsuana, focou-se na Covid-19 e contribuiu para a descoberta de um padrão até então desconhecido do vírus, em novembro de 2021. “O número de mutações era simplesmente inacreditável”, recorda o cientista, em entrevista à DW. Moyo comparou os resultados com análises já existentes e publicou a informação na internet. Apenas algumas horas depois de Moyo, cientistas do Ceri, dirigido por Oliveira, também detectaram a perigosa variante. Ambos trabalharam em estreita colaboração. O alerta para uma nova variante, altamente contagiosa, deu rapidamente a volta ao mundo – quase tão rapidamente como a variante tornou-se dominante. A Organização Mundial de Saúde (OMS) chamou-a depois de ômicron. O prêmio é concedido pela Fundação Alemã para a África desde 1993 a personalidades africanas que, na visão do júri, estão empenhadas pela paz, reconciliação e progresso social. O ex-presidente de Botsuana, Ketumile Masire, a ativista somali dos direitos das mulheres Waris Dirie e a pioneira queniana de informática Juliana Rotich são alguns dos vencedores de edições passadas.

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