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06/Nov/2022 - 09h00

Ministro do STF é obrigado a deixar restaurante em Santa Catarina após ameaças de bolsonaristas

Ministro do STF é obrigado a deixar restaurante em Santa Catarina após ameaças de bolsonaristas Foto: Divulgação/STF

Alvo de ameaças de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Santa Catarina, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em nota divulgada pelo seu gabinete que a “democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas”. O magistrado jantava com amigos em um restaurante em Porto Belo (SC) quando começou a ser alvo de ataques verbais de bolsonaristas que participavam dos bloqueios antidemocráticos de estradas e rodovias. “O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”, diz o texto divulgado pelo STF. “A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas”, prossegue. Segundo a nota, Barroso se retirou do restaurante assim que começaram os xingamentos, mas foi seguido até a casa em que se hospedava pelo grupo de bolsonaristas. Os seguranças do ministro identificaram que os manifestantes passaram a convocar outras pessoas para se juntar ao movimento “fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes”. Ainda segundo as informações do STF, a manifestação ameaçou “fugir ao controle e tornar-se violenta”. A equipe de segurança do ministro cogitou acionar a Polícia Militar de Santa Catarina, mas o ministro preferiu se retirar do local para evitar o incômodo aos vizinhos. Segundo o STF, Barroso sequer chegou a encontrar os manifestantes e não houve registros de ataques ou danos ao patrimônio. Barroso é um dos principais alvos da militância bolsonarista por ter confrontado os arroubos autoritários de Bolsonaro no período em que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre 2020 e início deste ano. Ele foi o responsável pela criação da Comissão de Transparência do TSE, que conta com a presença de militares e se tornou um dos principais argumentos de Bolsonaro para tentar interferir nas eleições deste ano. O ministro já chegou a ser xingado e acusado de criminoso pelo presidente.

Comentários

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Luiz Alberto Viana Cardoso
Eu também não compactuo com esse tipo de atitude. Mas Senhor ministro, e quando o senhor ao lado de José Dirceu disse em alto e bom tom, que eleição não se ganha , Se toma?? Isso que indigna o cidadão. Quer dizer vocês podem tudo e o povo não pode nem manifestar? Repito sou contra quando a mesma se dirige a um cidadão, seja o senhor ou quem quer que seja, mas os senhores estão passando dos limites. Arquem também com as suas atitudes inconsequentes.
Luiz Alberto Viana Cardoso
Fala besteiras, como "eleição não se ganha, se toma" , agora arque com as consequências. Eles têm que saber que , o povo também tem voz. STF partidário!!!! Violência não, agora por que não protestar????

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