Candidato ao Governo da Bahia, Kleber Rosa, do PSOL, natural da cidade de Belo Campo, na região sudoeste da Bahia, é professor e policial civil, além de fundador do Movimento dos Policiais Antifacismo e ativista do movimento negro. Cientista social, Rosa é especialista em “Educação Inclusiva e Diversidade” e “Educação de Jovens e Adultos” (EJA). Aos 48 anos, também é diretor da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Secretário de Comunicação do PSOL na Bahia e dirigente nacional do partido. Pela primeira vez participando de uma eleição, ele foi o entrevistado do Bahia Notícias, em parceria com os parceiros do Rota Bahia, através do projeto Prisma. Na oportunidade, o repórter Lay Amorim, do site Achei Sudoeste, indagou o candidato sobre como ele irá atuar no sentido de promover a universalização da água no Estado, tendo em vista que a Embasa ainda não conseguiu atender essa demanda, especialmente na cidade de Brumado.
Em sua resposta, o candidato disse que é uma ilusão achar que privatizar os serviços de água e esgoto significa dar mais acesso à população. “A privatização é a entrega de um patrimônio público para um grupo econômico com o objetivo de obter lucro. A Embasa dá lucros milionários, mas precisamos que esses recursos sejam investidos na ampliação dos serviços da própria Embasa. Se não há essa ampliação é por falta de interesse dos governos, que querem, justamente, privatizar. Normalmente, quando se quer privatizar, se sucateia para justificar para população que o serviço não funciona”, afirmou. Segundo o candidato, a privatização vai piorar o acesso à água e é preciso continuar lutando por uma empresa pública eficaz. “A Embasa é um patrimônio que tem que ser mantido com o povo da Bahia. Só através de uma empresa do Estado vamos conseguir chegar a todas as pessoas, ampliando os serviços e o acesso à água”, defendeu. Rosa ainda esclareceu que não há problema nenhum em os governos municipais terem a sua própria política de saneamento básico, desde que seja uma política pública. “A privatização não é o caminho”, resumiu.