Professores de universidades estaduais paralisaram as atividades, nesta quarta-feira (27), e realizaram um ato na Praça da Piedade, em Salvador, para pedir o cumprimento de um acordo feito com o governo estadual após a greve de 2019, além de reajuste salarial. O trânsito da região não foi afetado. O ato público com paralisação faz parte do calendário de lutas da campanha salarial da categoria. Entre os principais pontos de reivindicações dos professores, estão a denúncia do arrocho salarial e a luta pela retomada da mesa de negociação permanente com o governador Rui Costa (PT). Segundo Ronalda Barreto, professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e coordenadora do Fórum das Associações Docentes (ADs), os professores tentaram contato com o Governo da Bahia, mas não foram atendidos. “Terminamos a greve de 2019 assinando um acordo com o governo, em que iria estabelecer uma mesa de negociação. Só que o governo quebrou esse acordo e interrompeu a mesa de negociação antes da pandemia”, explicou. A mesa de negociação reúne secretarias do estado com representantes das universidades estaduais para debater os direitos dos professores. “Nós conversamos sobre nossos direitos, bem como reajuste salarial. Já estamos há mais de 800 dias sem nos reunir na mesa”, afirmou Ronalda. A manifestação contou com a presença de docentes de várias cidades do interior baiano, além de representações sindicais de outras categorias do funcionalismo público estadual e estudantes. Movimentos sociais solidários à causa também estiveram presentes.