Agricultores e agricultoras familiares de comunidades rurais do Sudoeste Baiano agora possuem hábitos alimentares mais diversificados e nutritivos, a partir da valorização da biodiversidade local. Esse é o resultado do Plano de Ação de Segurança Alimentar e Nutricional do projeto do Governo do Estado, Bahia Produtiva. Isso foi possível após a capacitação realizada pelo Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia (Cedasb), prestadora de assistência técnica e extensão rural (Ater) contratada pelo projeto, nas Comunidades Bela Vista e Casa Nova, no município de Belo Campo, Timorante, de Nova Canaã, e Bengo, em Bom Jesus da Serra. A capacitação contou com o diálogo com os agricultores sobre a correlação da alimentação com a saúde e sobre a importância do valor nutricional dos alimentos que são consumidos no dia a dia. Os participantes foram incentivados a realizar o uso integral dos alimentos e a valorizar a biodiversidade local. A oficina foi realizada pela nutricionista Veranúbia Mascarenhas, da VP Nutrição Funcional. “Fica evidente que apesar da grande diversidade de alimentos que existem, a maioria das pessoas acabam consumindo as mesmas coisas todos os dias”. Durante as atividades foram realizadas visitas nos quintais produtivos de alguns beneficiários do projeto, sendo possível identificar no campo alimentos bons, nutricionalmente, que eram negligenciados pelas famílias, como também algumas plantas e flores alimentícias que as agricultoras e os agricultores não sabiam que eram comestíveis. A agricultora Berlamina Vieira de Deus, moradora da Comunidade Bela Vista, afirmou que o projeto contribuiu para o conhecimento sobre a importância dos produtos naturais. “Não tínhamos o hábito de utilizar [esses produtos] na alimentação e com esse projeto tivemos a oportunidade de aprender e dar mais valor a riqueza que temos dos nossos alimentos naturais. Então, para mim, foi uma maravilha! A gente optava pelos produtos industrializados, que não tinham um valor tão nutritivo quanto os dos produtos que hoje são produzidos aqui no nosso quintal”.