Mais um dia de paralisação está sendo realizado pela Polícia Civil no Estado da Bahia diante da insensibilidade do governo às reivindicações da categoria. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Eustácio Lopes, presidente do sindicato que representa os policiais civis, informou que não houve avanço nas negociações. “A gente pede ao Governo do Estado que tenha sensibilidade de receber a categoria, de dialogar e entender que, nesse momento de violência, em que a Bahia, pelo terceiro ano consecutivo, é tricampeã em número de homicídios, essa falta de valorização salarial desmotiva a categoria”, salientou. Segundo Eustácio, o Governo do Estado continua omisso diante da não regulamentação do novo plano de cargos e salários. Sem reconhecimento, ele frisou que a categoria não se sente motivada para combater a violência e, por isso, os índices da criminalidade subiram tanto no Estado. “Aqui é o Estado da impunidade, onde a criminalidade prospera. Sem fortalecer a Polícia Civil, vamos viver esse ciclo ano após ano. Queremos dar um basta, mas isso passa por reconhecimento, valorização, investimento em infraestrutura e aumento de efetivo. Cobramos apenas o cumprimento da lei”, completou. A partir do dia 10 de fevereiro, caso as negociações não avancem, a Polícia Civil poderá deflagrar uma greve geral na Bahia. “O melhor caminho é o diálogo. Vai depender do governador”, concluiu Lopes.