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20/Jul/2021 - 12h00

Caculé: Mulher que perde bebê por conta da Covid-19 acusa Hospital e Centro Covid de negligência

Caculé: Mulher que perde bebê por conta da Covid-19 acusa Hospital e Centro Covid de negligência Foto: Reprodução/Facebook

Em relato nas redes sociais, a caculeense Karen Souza acusou o Hospital Nossa Senhora Aparecida e o Centro Covid da cidade de negligência. Segundo Karen, no dia 15 de julho, entrou em contato com a enfermeira da Unidade Básica de Saúde (UBS) que acompanhava a sua gestação relatando que estava perdendo um pouco do líquido amniótico e não conseguia sentir o bebê mexer. Ela estava no nono dia de tratamento da Covid-19. Imediatamente, a enfermeira providenciou uma ambulância do Samu para darem entrada no seu atendimento, seja no hospital ou Centro de Covid. “Chegando lá, decidiram me atender no Centro de Covid. Um lugar totalmente sem estrutura para receber gestantes. O médico em atendimento mal olhou para mim. Uma das enfermeiras decidiu auscultar o coração do neném e, ao detectar os batimentos, o médico disse que estava tudo bem, e que EU estava passando ansiedade e preocupação para o neném”, contou. A equipe a mandou de volta pra casa pedindo apenas que a mesma se acalmasse. No outro dia, por volta das 7h, a sua bolsa estourou. Ela procurou o hospital, de onde foi mandada para o Centro Covid.

Caculé: Mulher que perde bebê por conta da Covid-19 acusa Hospital e Centro Covid de negligência Foto: Reprodução/Facebook

Na unidade, foi novamente encaminhada ao hospital, visto que o médico de plantão afirmou que ela precisava ser internada e que o centro não possuía recursos para atendê-la naquela situação. “Voltando ao hospital, se recusaram a me atender, me deixaram esperando ao lado de fora, enquanto as dores das contrações aumentavam e eu perdia cada vez mais o líquido. Cerca de 10h30 da manhã, quando não aguentava mais esperar, decidi sentar na recepção, esperando alguma reação para me atenderem. Foi aí que me levaram pra uma sala, com um médico que tinha acabado de chegar no hospital. Entrando na sala, o médico fez o exame de toque onde eu tinha 3 cm de dilatação. Mas ao tentar auscultar o coração do neném, não obteve nenhum sinal”, escreveu, confirmando o óbito fetal. A gestante ainda foi obrigada a arcar com os custos de um teste da Covid para se certificarem de que ela não contaminaria ninguém. “Hoje relato isso com imensa dor no peito, mas certa de que não irei deixar toda a irresponsabilidade e negligência do Hospital Nossa Senhora Aparecida, e seu anexo Centro para Covid-19, passar em branco. Qual o sentido de “profissionais” da saúde se recusarem a atender alguém por medo de Covid? Qual é a resposta cabível para explicar o porquê não dar toda a atenção necessária para uma grávida, principalmente quando se trata de uma pessoa em grupo de risco? Quero justiça pelo meu filho”, cobrou.

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