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16/Abr/2021 - 14h00

Secretária de Saúde de Caetité é acusada de furar a fila da vacinação da Covid-19

Secretária de Saúde de Caetité é acusada de furar a fila da vacinação da Covid-19 Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

A secretária de saúde Verônica Pereira Batista Barbosa, da cidade de Caetité, a 100 km de Brumado, é acusada, juntamente com o marido, de furar a fila da vacinação da Covid-19. A acusação consta nos autos do processo movido pela ex-secretária de saúde de Caetité, Cythia Lopes Abreu Marques, contra o Município, administrado pelo prefeito Valtécio Neves Aguiar (PDT). Diagnosticada com câncer no pâncreas, Cythia recorreu à justiça para ter o seu direito de vacinação contra o coronavírus. O juiz José Eduardo das Neves Brito autorizou a vacinação da ex-secretária (veja aqui). Segundo apurou o site Achei Sudoeste, na petição de réplica à defesa apresentada pela Prefeitura de Caetité, a autora da ação, pelo seu advogado, Marco Antônio Guanais Aguiar Rochael, denuncia que a prefeitura vacinou mães das enfermeiras que não eram contempladas na lista naquele momento, como também todo o hospital particular de Caetité, de “mamando a caducando”, destaca, incluindo a filha do diretor, que trabalha no escritório com o pai, as cozinheiras, os médicos da ala separada, médicos que vieram de Guanambi e lá não foram vacinados por não fazerem parte do combate à pandemia, mas que foram vacinados em Caetité “antes mesmo dos velhos do abrigo”. A mesma petição também denuncia que foram vacinados médicos aposentados que ainda não estavam na idade protocolar, inclusive filhos desses médicos. Fato mais grave, também revela que foram vacinados a atual secretária de saúde e seu marido, quando ela ainda não estava nomeada para o cargo. De acordo com Guanais, foi “vacinado meio mundo de gente dentro da prefeitura” e que, na véspera do protocolo da ação, foi proposto à sua cliente que esta poderia ser vacinada, contudo sem que seu nome constasse na relação dos vacinados. Para o advogado, isso é um expediente “muito perigoso”, pois, se essa “proposta indecente” foi feita para sua cliente, deve ter sido feita para muitas pessoas. “Quer prova? Pergunte à ré quem foi a intermediária da conversa e ela saberá responder perfeitamente”, desafiou o advogado. O processo está em tramitação no Fórum de Caetité e não tem data para julgamento final na primeira instância. A secretária e a administração municipal ainda não se pronunciaram.

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